Tratamento correto pode amenizar os sintomas das doenças das articulações
Por: Vanessa Marques
Em virtude de seu uso constante, as articulações do corpo humano estão frequentemente sujeitas a cargas excessivas ou traumas, causadores de alterações inflamatórias e degenerativas. Doenças como osteoartrite (artrose), artrite e tendinite podem ser decorrentes desses traumas.
A Dra. Maria do Socorro Albuquerque de Souza, presidente da Sociedade Amazonense de Reumatologia, explica que a frequência e a gravidade de uma doença reumática podem variar conforme a idade, sexo, grupo étnico de origem e localidade.
“Casos de osteoartrite (artrose), por exemplo, aumentam com a idade, especialmente acima dos 50 anos, e as doenças difusas do tecido conjuntivo, como a artrite reumatóide, são mais frequentes em indivíduos mais jovens, em idade produtiva”, reforça.
A osteoartrite (artrose) caracteriza-se pela degeneração da cartilagem articular, sendo a mais frequente das doenças reumatológicas. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença é responsável por, em média, 40% das consultas desta especialidade. Já a artrite e a tendinite são processos inflamatórios que podem ser ocasionados pelos movimentos repetitivos, instabilidade articular, traumas, etc, que surgem nas articulações e tendões, causando dor e desconforto.
Diagnóstico – O diagnóstico dessas e outras doenças articulares são feitas pelo médico especialista, baseado na história clínica, exame físico e com auxílio de exames como raios-X, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas e provas laboratoriais.
O procedimento ultrassonográfico é especialmente útil no diagnóstico inicial dos derrames articulares, distensão líquida das bainhas sinoviais, espessamento sinovial e erosões ósteo-cartilaginosas. Estruturas essas que podem ser examinadas em pequenas e grandes articulações.
“A técnica, além de permitir a análise detalhada de músculos, tendões e ligamentos, é bem tolerada pelos pacientes, pois não envolve uso de radiação ionizante e tem baixo custo. Por conta disso, vem ganhando credibilidade no campo da imagem ósteo-articular, com aceitação crescente tanto pelos reumatologistas quanto ortopedistas”, afirma Souza.
Ela afirma ainda que o conhecimento do diagnóstico diferencial desses distúrbios e uma apuração aprofundada são primordiais frente a qualquer exame complementar. Vale ressaltar que processos degenerativos e inflamatórios nas articulações geralmente não possuem cura, porém o uso dos medicamentos adequados em fase inicial e atividades físicas moderadas permitem que o paciente tenha uma boa qualidade de vida, menos propensa aos incômodos causados pelas patologias.